Prática didáticas com alunos na sala de recursos multifuncional

Abstract

As práticas didáticas utilizadas pelos professores de surdos podem proporcionar inúmeras possibilidades para o desenvolvimento da cognição dos alunos. Entendemos que, além de levar em conta sua diferença linguística no Atendimento Educacional Especializado (AEE), é preciso propor novas formas didáticas a fim de serem sujeitos mais participativos e criativos. Sobre isso, discutiremos com Eulália Fernandes(2012), Neiva de Aquino Albres (2010), dentre outros. Este estudo teve como objetivo principal analisar os elementos didáticos e as condições pedagógicas para os alunos surdos construírem seus conhecimentos, bem como a produção de um Guia de Apoio e Orientação ao professor que atua com eles na Sala de Recursos Multifuncional. O desenvolvimento da pesquisa foi pautado na Pesquisa-ação, na qual foram utilizadas a observação participante com registro em diário de campo e uma entrevista semiestruturada com duas professoras da Sala de Recursos Multifuncional, em duas escolas públicas da Baixada Fluminense. A reflexão do estudo apoiou-se na análise dos resultados a partir de quatro categorias adaptadas segundo a proposta do Ministério da Educação e Cultura (MEC) sobre os momentos didático-pedagógicos para os alunos surdos. As categorias adaptadas foram: Práticas didáticas no AEE em Libras, para o seu desenvolvi-mento; Práticas didáticas no AEE em Li-bras, para aprendizagem do Português escrito; Práticas didáticas no AEE em Libras, para aquisição dos conteúdos escolares; Os recursos e as estratégias usadas no AEE. Com a investigação da pesquisa, comprovou-se que as práticas didáticas oferecidas aos alunos surdos nesses atendimentos precisam ser ressignificadas além do espaço da Sala de Recursos no contexto de políticas públicas das secretarias de educação em uma perspectiva bilíngue, na construção e elaboração de recursos didáticos utilizados com eles e, principalmente, no desenvolvimento de sua cognição. Além da análise dos dados obtidos nesta pesquisa, foi produzido, como produto final, o “Guia de Apoio e Orientação ao Professor”, cuja intenção foi ser um instrumento para ressignificação e redescoberta de práticas didáticas críticas que contribuissem para ampliar o conhecimento em relação à aprendizagem dos alunos atendidos e buscar recursos, apoio e informações didáticas.